... ...

Trail Running – Os 3 maiores Erros que deve Evitar nos Treinos

É inegável que o trail running está a ter um boom enorme de praticantes um pouco por todo o mundo por várias razoes que já tive a oportunidade de escrever aqui no blogue, o numero de praticantes nos últimos anos aumentou de uma forma brutal. Com este aumento vem também um risco associado, muitos ultrarunners começam a praticar a modalidade um pouco às cegas e sem bases e conhecimento de treino. Juntam-se a amigos que já vão fazendo umas coisas e vão treinando sem um plano sólido de treino. Muitos já vão procurando informação sobre o que se deve fazer em termos de treino e ainda bem, mas a maioria ainda comete alguns erros em termos de abordagem ao treino.

ultramaratona 1

Os 3 grandes erros a evitar no Trail Running

Demasiado foco no volume

As ultramaratonas e as provas de trail são por norma bastante grandes, demoram muitas horas, e no caso das ultramaratonas até dias. Muitos atletas cometem o erro de pensar “já que vou estar horas em prova, mais vale correr e caminhar também nos treinos tanto quanto possível”. Cometem o erro clássico de substituir a intensidade pelo volume, treinam lento e com muito volume durante todos os treinos. Este tipo de treino traz benefícios limitados para os ultrarunners, e acarreta o risco de regredir em termos de outro tipo de treino que já tenha feito. Você pode correr mais quilómetros mas não tem grandes benefícios com isso.

Treinar sem intensidade suficiente

Muitos atletas pensam “Durante a prova vou a um ritmo lento, por isso nos treinos também vou treinar lento”. Este pensamento não está totalmente errado, claro que não tem que se focar nos treinos em correr como um velocista, mas sim se focar em treinar diferentes intensidades. As diferentes intensidades promovem alterações fisiológicas necessárias no seu organismo, para se tornar um melhor atleta. Porém há atletas que já aplicam treinos de intensidade no seu planeamento, mas por vezes são esporádicos e inconsistentes. Por exemplo fazem um treino mais de velocidade na 3º feira, e o resto da semana fazem treinos mais de lentos e de volume. Alguma intensidade já é melhor que nada é verdade, mas não é o suficiente. Para tirar proveito deste tipo de treino e se tornar melhor atleta tem que fazer várias vezes na semana, e durante algumas semanas seguidas.

ultramaratona

Falta de especificidade

É fácil de perceber que praticamente todas as ultramaratonas e provas de trail são longas e de intensidade lenta, isso é um fato. Mas no entanto sendo isso um dado adquirido as provas não são todas iguais, e você pode e deve fazer o trabalho de casa e treinar as especificidades que sabe que vai encontrar na prova. Como por exemplo quão íngremes são as subidas, o clima que vai encontrar (se é num local com muito calor), tentar saber a que distância ficam os pontos de abastecimento, como é o terreno. Isto são tudo elementos que sabe que vai encontrar na prova e pode muito bem treina-los. Por exemplo se a prova é feita em terra, é óbvio que você terá que treinar mais em terra ou terreno semelhante. Não cometa o erro que muitos atletas cometem que semanas ou dias antes da prova, mudam os hábitos e vão treinar para a estrada ou para pisos mais duros que a terra. Dei apenas um exemplo, mas o conceito de especificidade se estende para além da superfície sob os seus pés. Você pode, e deve estender esse conceito a todos os aspetos da corrida como já referi anteriormente. Acredite que a especificidade irá torna-lo um melhor atleta e prepara-lo para praticamente todas as provas que realizar.

Fonte: running.competitor.com

loading...

1 Response

  1. Em relação à falta de especificidade na preparação para as provas ajudava se as organizações fornecessem antecipadamente ficheiros gpx com os percursos a seguir. Aí poderíamos ver as distâncias certas (para não irmos fazer uma prova de 20 km e acabarmos a fazer uma de 25 ou 26) e poderíamos fazer um reconhecimento virtual do terreno via google earth ou semelhante.
    Já para não falar das vantagens de podermos gerir o nosso esforço ao longo da prova em função do que já fizemos e ainda falta fazer assim como podermos descontrair da preocupação de encontrar a próxima fita de marcação para não farmos connosco perdidos como acontece com alguma frequência.
    Obrigado pelos textos publicados no CSL

Deixar uma resposta