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A Crioterapia e a Recuperação Muscular

A crioterapia, é um termo usado que se define como o tratamento com gelo, após um esforço físico. Age como analgésico e anti-inflamatório reduzindo dores musculares articulares.

Crioterapia

Do grego krios (frio) e therapeia (tratamento), a crioterapia é a terapia por meio do frio. Pode ser aplicada na forma sólida, líquida ou gasosa. No dia a dia, porém, a mais prática e segura é a sólida, feita com aplicação de gelo local.

A sua história

crioterapia A sua origem remonta a 2500 AC, quando teria sido utilizada pelos egípcios como método analgésico e anti-inflamatório. No século IXX ganhou destaque pelas mãos do médico do exército de Napoleão Bonaparte, que recorria à técnica para amenizar quadros dolorosos de amputações. Mas foi nos anos 70 que passou a ser utilizada no tratamento de lesões desportivas.

Quais os benefícios?

Dores musculares e articulares, processos inflamatórios provocados por traumas ou exercícios intensos podem ser amenizados com gelo. “Sessões de 15 a 20 minutos, feitas três ou quatro vezes por dia, podem ajudar”, diz o médico do Desporto Páblius Staduto Braga, de São Paulo. Deve apenas ter atenção que no caso de aplicar gelo diretamente, deve proteger a pele e ter atenção para não sofrer queimadura por frio, ou aplique uma proteção na pele ou realize menos tempo de crioterapia.

Trata-se de um recurso simples e quanto mais precocemente for utilizado, melhores serão os resultados. “Mas se recorreu à crioterapia por dois dias e o incômodo não diminuiu, o recomendado é procurar um especialista para melhor avaliação e indicação de tratamento”, alerta Páblius.

“Bem indicada, a crioterapia atua como método analgésico e anti-inflamatório, favorecendo a reabilitação”, completa o ortopedista Ricardo Nahas, do Centro de Referência em Medicina do desporto do Hospital 9 de Julho, de São Paulo. Ele lembra ainda que a técnica por si só não cura nenhuma patologia, sendo apenas um recurso auxiliar no tratamento de problemas musculares e articulares.

Balde de água fria

A crioterapia foi um recurso bastante utilizado na recente corrida entre São Paulo e Rio de Janeiro, o Desafio dos crioterapia600K. Após esforço intenso, ao final de cada dia da competição, os atletas se submetiam a imersão em tonéis de gelo.

Embora incómodo – encarar o “banho gelado” requer boa dose de coragem –, o sacrifício compensava. O educador físico Fábio Batista Ferreira foi um dos que mergulhou no tanque: “Bastam 20 minutos e você sai zerado”, garantiu.

“Quando se fala em gelo, todo mundo pensa em vasoconstrição. Mas numa sessão curta, eu consigo usar o gelo para gerar um ‘aquecimento’. Funciona assim: o corpo tem a percepção de que aquela região está fria e provoca uma vasodilatação para tentar aquecer aquela área. Automaticamente acontece a limpeza das impurezas do ácido láctico e das microlesões que foram geradas durante o dia”, explica o fisioterapeuta Rodrio Iglesias, que acompanhou os atletas nos 600K.

Formas de aplicação

crioterapiaA crioterapia pode ser aplicada de várias maneiras, dependendo da região, do tamanho da área a ser tratada, do tipo de traumatismo e da resposta que se pretende obter. Entre elas estão:

  • Bolsa de gelo: prática, é composta na verdade por um gel e conservada na geladeira. Na falta de uma dessas, você pode utilizar um saco de plástico com cubos de gelo (inteiros ou picados). A bolsa deve ser colocada no local da lesão por períodos entre 15 a 20 minutos, várias vezes ao dia.
  • Compressas fria: utilize uma toalha molhada em água bem fria ou envolva cubos de gelo com o tecido. A aplicação também deve ser por volta dos 20 minutos, várias vezes ao dia.
  • Imersão em água gelada: coloque-se numa banheira repleta de gelo e água muito fria, devendo permanecer no máximo por 20 minutos, apenas uma vez ao dia.

A minha experiência pessoal/ opinião

Enquanto atleta e profissional de fitness submeto o meu corpo a cargas de trabalho elevado e por vezes com pouco descanso entre sessões o que leva a haver pouca recuperação muscular. Treinos entre cycling indoor e outdoor, aulas de grupo como body pump, grit e rpm, , treino muscular e corridas, , com uma média de 9 h por semana em semanas sem provas ou cerca de 10-12h em semanas de provas, procuro recuperar e dar aos meus músculos a melhor e mais rápida recuperação e realizo sempre  depois do meu duche diário que a maior parte das vezes é logo a seguir aos treinos cerca de 5 minutos de água fria, corrente. Também tento fazer natação, uma vez por semana, pois a imersão total dos músculos na água tem um poder de recuperação mais rápido.

Em termos de provas, principalmente provas de endurance e longa duranção como maratona (cerca de 4h), ciclismo ( cerca de 6h), ou trail running (8h) realizo um banho  de imersão de água fria principalmente nos membros inferiores, durante 5 minutos cada, 3 vezes no mesmo dia. Nestes casos a recuperação foi muito mais rápida evitei a rigidez muscular e senti-me preparada para novos desafios em poucos dias. Portanto acho sem dúvida, tanto pela bibliografia quanto pela minha experiência pessoal que os banhos frios e os duches de água fria têm um poder fantástico na recuperação muscular e evitam lesões futuras devido ao stress muscular causado pela alta intensidade dos treinos.

Raquel Madeira- Personal Trainer

[email protected]/ www.raquelpersonaltrainer.com

Bibliografia

saude.ig.com.br/bemestar/entre-numa-fria-para-recuperar-lesoes
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